quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

:: RELACIONAMENTO ::

Olá meus queridos...
Fui cobrada sobre a postagem de novos textos. Uma ação construtiva diante da minha iniciativa em criar este blog.
Além da cobrança, foi sugerido um tema. O qual deu título ao contexto a seguir.
Confesso que não estou em meu melhor momento para discutir relacionamento. E o estado de espírito, da pessoa que escreve (eu), torna-se crucial na interação com quem lê (você).

Segundo o Aurélio, relacionamento é o ato ou efeito de relacionar-se. É a capacidade de relacionar-se, conviver ou comunicar-se com os outros. Seja uma ligação de amizade, afetiva, profissional, familiar, etc., porém, condicionada por uma série de atitudes recíprocas.
O relacionamento integra todas as áreas da nossa vida. E, independente da forma ou nível de compatibilidade, ele nunca está sozinho. Tem sempre um adjetivo em sua companhia. Positivo ou negativo, bom ou ruim, presente ou ausente; mas, tem!
Quem me conhece sabe; nunca fui de muitos amigos, no sentido geral termo. Não que eu não respeite as opiniões alheias. Elas que, nem sempre, aceitam as minhas contestações... Creio que o relacionamento esteja interligado aos valores atribuídos a ele. Por isso, sempre optei pela qualidade à quantidade. Além, de meu temperamento e a dificuldade de “engolir sapos” nem sempre agradaram a todos... rs...eu admito!
Ter uma amizade de verdade é importante e necessário para não enlouquecermos. Normalmente, é ela - amiga de verdade - que nos protege daquele cara chato na balada, é ela que nos controla para não encher a cara depois de uma decepção amorosa, às vezes ela até deixa que tomemos o porre, mas, fica sã, de plantão para cuidar da gente, para depois rir da situação, tirando um belo sarro da nossa cara.
É uma amiga de verdade que nos deixa chorar em seu colo e se for preciso ela até chora com a gente.
É ela que agüenta nossas, repetidas, lamentações e empolgações.
É a amizade verdadeira que nos traz, de volta, a alegria da vida.
Mas, a pessoa que tem essa consideração verdadeira e insubstituível de amizade por nós, também tem sua vida própria e, às vezes, ela não está por perto. E é, exatamente, nessa hora, quando mais sentimos sua falta, que também percebemos a importância que essa pessoa tem em nossa vida.
Lamento muito a extinção de pessoas dispostas às amizades de verdade.

No meio profissional o chamado, bom relacionamento, é indispensável para a conquista do cargo idealizado, para a superioridade hierárquica. Traduzindo, pura politicagem que se estende à falsidade resultando em filha da putagem. Da qual, eu com o meu forte temperamento e minha garganta com barreiras contra sapos, somos opostos.

Relacionamento familiar é um caso totalmente à parte. Embora, seja sempre igual, cada um que agüente a sua, não temos outra opção.
Pode haver brigas, fofocas familiares, falsidades, intromissão, etc., mas, nunca pedimos o divórcio da família. Mas, isso não significa que está tudo liberado. Para um convívio harmônico, sugiro que cada um continue em seus respectivos lares... rs

Amor! Ah, o amor... Refiro-me ao amor entre os sexos opostos, entre um homem e uma mulher.
Por mais que eu não seja uma romanticamente assumida, que não saiba distribuir palavras eloqüentes ou gestos piegas, sei que relacionamento amoroso dá margem a várias vertentes e às mais diversas troca de experiências que, em geral, nos faz amadurecer, entretanto, na maior parte das vezes esse crescimento acontece de forma dolorida.
O amor é considerado o grau mais elevado de uma paixão, muitas vezes, procedente de numa bela e ingênua amizade.
Acho que a paixão é o sentimento mais gostoso que o ser humano pode vivenciar.
A paixão é o êxtase do relacionamento. A paixão mexe com os instintos mais ocultos de uma pessoa.
Quando se está apaixonado tudo fica mais fácil, mais claro, mais engraçado, mais bonito, mais arrumado... Tudo se transforma num infinito mais... Mais vontade, mais desejo, mais coragem, mais sensíveis, mais bobos, mais, mais, mais... E não existe nenhuma divergência entre os apaixonados, que parecem ser uma única pessoa.
A paixão é uma mágica que, quando acompanhado de uma música boa, claro, torna o feitiço mais potente. É tudo novo e tudo válido pra paixão.
Parece que, quando se está apaixonado os poros de todo corpo expele alegria. É evidente! Não adianta tentar disfarçar, é impossível esconder a euforia de estar apaixonado.
Tem quem ache que uma pessoa apaixonada fica idiota. Acho que isso foi dito por algum hipócrita, machista no auge do sofrimento, causado por uma de uma desilusão.
Quando a paixão corre em nossas veias e estufa nosso pulmão de ar, ficamos melhores e mais dispostos para tudo. O sujeito apaixonado perder a cabeça e não pensa mais em nada...
Com o passar do tempo essa paixão ameniza e dependendo do relacionamento, decorrido na paixão, ela vira amor ou se extingui.
Quando evolui para amor, é uma outra fase deliciosa.
É sim, uma maneira mais branda de sentir afeição pelo outro, porém, com mais responsabilidade. Já que, é nessa etapa que surgem os planos para um futuro a dois.
Mas, também, é nesse estágio que surgem; as discordâncias, as brigas, umas mentirinhas (que nós, mulheres, sempre descobrimos, mas, nem sempre perdoamos), e o ciúme. Estes dois últimos são determinantes para a continuidade de um relacionamento.
O ciúme, de forma moderada, é suportável, dá certo charme à relação, além de, massagear o ego. Mas, quando se trata do ciúme descontrolado, aquele possessivo e manipulador, que só aumenta quando deveria diminuir a partir da troca de confiança... Aí, infelizmente, a relação não resiste.

Bom. Dado o atestado de óbito, do relacionamento, tudo certo! Certo? É assim simples, né? Não, não é! A declaração só é válida para o relacionamento. Para aquele que tomou o pé na bunda o amor não morreu. Pelo contrário, está lá, correndo desgovernado dentro do corpo. É uma ferida sem cura em constante crescimento. Nada pior que a solidão. Além de ser terrível ver todos rindo no trabalho, enquanto você está com aquela cara de morto vivo, decorrente, da noite em claro. Sofrer durante o dia é ruim, mas, à noite é definitivamente insuportável, uma verdadeira tortura física e psicológica. Nesse momento o sujeito, também, quase perder, ou melhor, tem vontade de arrancar a cabeça, no entanto, com um único intuito; o de não pensar mais na pessoa amada. Não é fácil resumir aquela louca paixão, aquele amor sem fim a uma simples e distante amizade.
Não temos vontade de fazer mais nada. Nada nos desperta atenção. Até os filmes de comédia perdem a graça e as vezes nos faz chorar. Ouvir músicas que ouvia com aquela pessoa; nunca, jamais, em hipótese alguma. Tudo nos faz lembrar e insistimos em nos afundar mais. Adoramos ser dramáticos e melancólicos....um horror!

É uma dor que nos dá a sensação de não passar nunca. Mas, passa. Não esquecemos, apenas superamos assim que nos permitimos uma nova emoção. Mas, não é assim tão fácil.

Por fim, o relacionamento está em tudo que fazemos diariamente.
O ser humano precisa dessa convivência com a comunicação, da interação, da troca de sentimentos.
E, mesmo havendo algumas decepções, não se arrependa, seja sempre intenso e não tenha medo! Viva cada minuto como o último.



Beijinhos da Lu